O Natal é considerado uma festa popular comemorada em 25 de Dezembro ao redor do mundo, por cristãos e pagãos. Mas qual é exatamente a história do Natal?

Apesar do Natal ter sua história relacionada com diversas outras celebrações pagãs, hoje em dia esse é um dos eventos mais importantes para os seguidores de Jesus Cristo e cristãos.

Nem sempre foi Natal

Inicialmente, A igreja católica não celebrava o Natal. Apesar de celebrar o nascimento de Cristo. Foi no século IV que o Papa Júlio I fixou a data de 25 de Dezembro como o dia oficial do nascimento de Jesus Cristo.

Note que esta data é a mesma da Saturnália dos romanos, e do Solstício de Inverno festejado pelos povos germânicos e celtas, ou seja, não foi nenhuma coincidência.

Aprtir dai, a Igreja Católica pôde cristianizar esta data, tornando-a como o dia em que se celebra o nascimento de Cristo.

Entretanto, alguns países continuavam a celebrar o nascimento no dia 6 de Janeiro, o dia dos três Reis Magos.

Saturnália

Quadro Saturnália (1899), de Ernesto Biondi. O obra representa a festa pagã romana, em que Saturno era cultuado.

A História do Natal Cristão em Roma

Antes da criação do Natal, a Igreja celebrava apenas a morte e a ressurreição de Cristo, mais respectivamente a sexta-feira Santa e a Páscoa.

Porém, a Igreja preocupava-se muito com a grande popularidade das celebrações pagãs e decidiu competir com as mesmas criando um dia para o nascimento de Jesus Cristo.

Foi assim que surgiu a data comemorada no dia 25 de Dezembro pelos cristãos, quando se comemorava a chegada do Deus Mitra, o deus da Luz.

Após o dia 25 de Dezembro os dias ficam mais longos e possuem mais luz, era dessa forma uma das celebrações, a do solstício de inverno, a celebração do dia 25 de Dezembro por alguns pagãos.

Inclusive, as celebrações pagãs eram tão importantes que muitas das tradições do natal foram “importadas” delas.

A Árvore de Natal

Os Romanos já enfeitavem os pinheiros com adornos e luzes durante a celebração da Saturnália, para o deus Saturno, deus da agricultura, os egípcios enfeitavam a casa com galhos verdes no Solstício, e os druidas decoravam carvalhos.

A primeira referência a uma Árvore de Natal como conhecemos hoje, remonta a 1510 nos países Bálticos e é atribuida a Lutero, autor da reforma protestante.

Dizem que Lutero teria trazido um pinheiro decorado com velas e uma estrela no topo da árvore simbolizando o céu estrelado no dia do nascimento de Jesus.

Imagem de 1860 ilustra como teria sido o evento da primeira árvore de Natal levada para casa por Lutero

Imagem de 1860 ilustra como teria sido o evento da primeira árvore de Natal levada para casa por Lutero

Há também registros de 1500 na Alemanha, que mostram uma árvore sendo levada pelas ruas com um homem montado num cavalo atrás dela. O homem está vestido como um bispo, possivelmente representando São Nicolau.

A verdade é que, não se sabe ao certo de onde vem exatamente a tradição de enfeitar pinheiros com luzes e decorações, existem muitas referências e teorias que datam de muitos anos atrás.

Sabe-se que até os anos 50 a árvore de Natal era vista com certa resistência por alguns países da Europa, como Inglaterra, este costume diz ter sido importado da Alemanha, e até então o presépio era o mais importante símbolo natalino.

O presépio na História do Natal

Foi em 1223 que São Francisco de Assis começou a dar forma a representação da Natividade do menino Jesus, criando o presépio.

Atualmente, tem apenas três figuras indispensáveis: Maria, José e o Menino Jesus na manjedoura.

O presépio ainda é o símbolo cristão mais relevante no dia 25 de Dezembro, até hoje.

O Papai Noel e o menino Jesus

Antigamente, os presentes eram distribuídos por São Nicolau, o padroeiro das crianças, no dia 6 de dezembro, santo que está relacionado com a figura do Papai Noel.

São Nicolau a história do Natal

Imagens que representam São Nicolau – portal das missões

No entanto, com a reforma católica do concílio de Trento, no século XVI, passou a ser atribuido os presentes ao menino Jesus, no dia 25 de Dezembro devido ao seu nascimento.

Até hoje, alguns países só trocam presentes no mês seguinte, no dia 5 ou 6 de janeiro, que é a data em que supostamente os três Reis Magos chegaram junto do menino Jesus e lhe ofereceram presentes – ouro, incenso e mirra.

Na Espanha, por exemplo, celebra-se a noite da Consoada, ou Noche Buena, que é passada em família e com amigos, como o dia de Natal.

Sendo que, os presentes são trocados apenas depois do Ano Novo, numa festa chamada Los Reyes, os Reis.

Para finalizar, podemos ver um pouquinho como a celebração do Natal atualmente é uma junção de diversas culturas e países, cheia de lendas, celebrações e muita criatividade!

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