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Ah os feriados prolongados! Quem não os adora? E como nós desse blog também somos filhos de Deus sofremos um pequeno recesso (e um pequeno intervalo sem nenhuma postagem) devido à sequência de feriados com a qual fomos agraciados nas últimas semanas. Tal sequência, para mim começou ainda mais cedo, dia 14 de abril (aniversário de Caçapava, a cidade simpatia, e consequentemente Feriado Municipal), depois passou para um importante feriado cívico (Tiradentes – Feriado Nacional) e depois para um feriado cívico internacional com direito à emenda (ou ponte): 1º de maio (Dia Internacional do Trabalho – Feriado Nacional). Sempre que os astros se alinham e nos brindam com um calendário cheio de oportunidades para visitas ao litoral (uma pena que o clima não tenha feito o mesmo, mas enfim) um político, intelectual, economista ou representante das indústrias começa a reclamar da quantidade de feriados que temos no Brasil, do prejuízo que eles causam etc. É claro, essas pessoas não levam em conta os benefícios ao turismo e a saúde psicológica do trabalhador trazidos pelos feriados prolongados, esquecem também de que os feriados já estão “programados” (há um bom tempo), logo, basta que as empresas (e muitas o fazem) organizem um programa de reposição para as emendas (ou pontes dos feriados).

 

Mas, deixemos as pontes (pelo momento) de lado e falemos dos feriados em si. Feriados são datas comemorativas. Tais datas podem ser tanto de origem cívica quanto religiosa, o fato é que são reconhecidas pelos diversos âmbitos do Estado (municipal, estadual, nacional). Nessas datas o povo é liberado de seu trabalho normal para poder participar da comemoração em questão (pelo menos esse é o argumento original). Logo, no âmbito em questão, municipal, estadual ou federal, um feriado não é considerado como um dia útil (o que, particularmente, considero uma terminologia ofensiva. Afinal, isso faria do feriado o que? Um dia inútil?). Na prática isso quer dizer que esse dia não é considerado para o vencimento de prazos judiciais, contratuais e econômicos; instituições bancárias e órgãos públicos (com algumas exceções) não funcionam e a maior parte do comércio está fechada.

 

Deixemos agora a semântica de lado e vejamos de onde veio o termo “feriado”? Por que os dias nos quais nos estamos liberados de nosso trabalho recebem tal nome? Simples. De acordo com o meu querido exemplar do Houaiss (e também com algumas pesquisas em dicionários online) a palavra feriado vem de “féria”. “Féria”, por mais incrível e desconhecida que pareça, faz parte da língua portuguesa (ainda hoje) e significa o valor que um trabalhador recebe por um determinado dia como pagamento por sua força de trabalho. É o “soldo” diário de um trabalhador, ou seja, o pagamento por um dia de trabalho. Então, “feriado” seria um dia do qual a féria já está garantida, ou seja, o dia já está ganho, já está pago, não havendo, portanto, a necessidade de trabalhar para ganhar o pão, afinal o pão (pelo menos o do “feriado”) já está ganho.

 

Confirma-se assim que a melhor forma de definir resumidamente o feriado é o bordão de um amigo meu (oferecendo cerveja a seus convidados): “pode pegar mais uma que tá paga”!

 

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