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Este texto é continuação direta do post anterior. No qual relato o início da minha história com o audiobook de “A Arte da Guerra” de Sun Tzu. Neste post parte 2 relato como eu finalmente entendi, após a audição da obra, por que essa obra milenar é tão adorada por tantas e tão diferentes pessoas.

 

Parte 2 – O Tratado de Paz

Então, finalmente entendi: A Arte da Guerra é o livro de cabeceira de advogados financistas de Nova York, empresários do agronegócio de Pretória e coordenadores de escolas de idiomas com Aulas de inglês em Salvador não porque É uma alegoria com conselhos para diversas situações, mas são conselhos para diversas situações (envolvendo o tema específico da guerra) que podem SER VISTOS como alegorias. Tal capacidade alegórica advém do fato da obra (e de Sun Tzu, também, claro) transbordarem bom senso. E o bom senso, como se sabe, é útil tanto para generais quanto para advogados financistas, empresários do agronegócio e coordenadores de escolas de idiomas. Como nossa educação e nossa formação profissional se tornaram cada vez mais técnicas e especializadas, Sun Tzu oferece a todos nós um grande suprimento de uma commodity rara. Revelando em seus conselhos que não basta analisar, mensurar e planejar, sem saber se adaptar a situação (o terreno), a dificuldade da tarefa (o tamanho das forças inimigas) e, até mesmo, sem saber se o objetivo é ou não atingível por determinado método (quando não travar uma guerra).

 

Claro que determinados conselhos do nobre general chinês são “forçados” para se encaixarem como alegorias em situações contemporâneas. Mas, isso se deve a falta de bom senso dos leitores contemporâneos e não do antigo escritor. Afinal, nem todos os generais são bons…

 

Quanto aos audiobooks, para mim, continuaram inferiores às obras escritas (não se pode imprimir o próprio ritmo, voltar àquele parágrafo que não foi bem entendido e reler inúmeras vezes aquela frase preferida), mas não são o fim da cultura. Enfim, depois desse dia, passei a vê-los com mais bom senso…

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