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É feio, eu sei. Não é do bem, eu também sei. Porém não pude evitar, enquanto acompanhava os últimos resultados eleitorais (municipais em todo o Brasil e presidencial nos EUA), sentir um pouquinho de Schadenfreude.

 

Essa associação que acabo sempre fazendo entre Schadenfreude e política / resultados eleitorais é culpa do produtor hollywoodiano Chuck Lorre (produtor das séries cômicas de sucesso como: Two and Half Men, Mike & Molly e The Big Bang Theory). Há algum tempo atrás, após assistir um episódio de Mike & Molly notei a existência, ao final do episódio, de uma tela em branco com um texto (além dos textos de créditos e direitos autorais), infelizmente, tal texto permaneceu no texto apenas por um flash. Enfim, era impossível lê-lo. Curioso, afinal podia se tratar de uma mensagem subliminar (afinal, Lost havia acabado há pouco tempo e todas as séries precisavam ter mensagens subliminares e mitologias complexas), procurei no Google e encontrei o site onde Chuck Lorre postava seus textos que passavam em um flash após o término de suas séries.

 

Um desses textos que eu li era justamente aquele chamado Schadenfreude. Nele, Lorre comemorava o resultado de uma votação no Congresso Norte-Americano que resultara na derrota de um projeto de lei conservador. Como um judeu descendente de alemães, observação feita pelo próprio Lorre, descreveu seu sentimento para com os conservadores em virtude dessa vitória “progressista” como Schadenfreude.

 

Nota: Muitos podem não considerar Chuck Lorre como progressista já que suas comédias fazem humor em cima de diversos estereótipos: obesos em Mike & Molly, nerds em The Big Bang Theory e mulheres em Two and Half Men. Essa não é a questão, porém acredito que embora Chuck force a barra diversas vezes, no fundo, deseja apenas “celebrar o ridículo” original e eterno de seus personagens com um certo carinho, mais ou menos como o faz Oswaldo Montenegro (mas, isso fica para outro post…).

 

Mas, enfim, o que diabos vem a ser Schadenfreude?

 

Schadenfreude é uma das mais famosas palavras de língua alemã (perdendo talvez para Zeitgeist?) sendo usada em outras 16 línguas. É a palavra preferida da maioria dos alunos do curso de alemão em Porto Alegre, em Jundaí, no Oiapoque ou no Chiuí.

 

A palavra é formada pela junção de Schade (dano, pena) com Freude (alegria). E é usada para designar a felicidade que sentimos ao observar o sofrimento (dano, perda) alheio…

 

Continua…

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